A conta de energia mais cara em 2021 no Brasil é o resultado da crise hídrica que o nosso país atravessa. O maior dos últimos 89 anos, segundo o Operador Nacional de Sistemas (ONS).
Se não há chuva suficiente, os reservatórios pelo país ficam abaixo da média. Assim, termelétricas precisam ser acionadas para garantir o fornecimento de energia elétrica. No entanto, isso gera custos a mais para o consumidor final, seja residencial ou industrial.
Com o aumento no valor final da tarifa de energia elétrica, uma situação que já se tornou comum no Brasil se repete: mais brasileiros devem atrasar suas contas.
De acordo com a Serasa, já são 62,5 milhões de pessoas com o nome sujo. Isso significa que cerca de 30% de toda a população brasileira tem dívida em atraso. Veja mais os números a seguir.
Energia mais cara em 2021: De quanto é o peso no bolso do consumidor?
De acordo com a Serasa, a inadimplência em contas básicas, como água, gás e a energia elétrica, representou 22,3% do total de débitos em maio (último levantamento). Em maio de 2020, esse número era de 21,60%.
Com os sucessivos reajustes nos preços desses serviços, sendo a conta de energia que atualmente está no patamar dois da Bandeira Vermelha (R$ 9,49 para 100 kWh consumidos), a tendência é que mais brasileiros tenham cada vez mais dificuldade para realizar o pagamento em dia.
Ao todo, ainda segundo a Serasa, já são 37 milhões de faturas atrasadas pelos brasileiros. Essa é, portanto, a materialização da atual realidade: conta de energia mais cara em 2021.
Todo esse reajuste que torna a conta de energia mais cara em 2021 acontece num momento que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo aponta alta de 87% no preço do óleo de soja, 52% no arroz, 38% nas carnes, 31% no feijão preto, 10% no leite e 24% no gás de botijão.
A inadimplência em contas básicas por região
“O aumento no valor das contas básicas afeta a toda a população brasileira, mas as pessoas com menor renda podem sentir mais esse impacto, já que, normalmente, essas são as contas priorizadas no orçamento familiar, que já vem sofrendo com a alta de produtos e serviços. Ou seja, algumas pessoas podem ter de fazer escolhas”.
Nathalia Dirani, gerente da Serasa.
A análise da gerente da Serasa tem relação com a desigualdade social no Brasil. E isso é percebido no recorte por região na hora de pagar as contas dentro do vencimento. Veja o percentual de atrasos em pagamentos de contas básicas, considerando a energia mais cara em 2021:
Região Norte – 29,7% do total de débitos
Região Nordeste – 25,40% do total de débitos
Região Sudeste – 23,6% do total de débitos
Região Centro-Oeste -19,9% do total de débitos
Região Sul – 8,4% do total de débitos
Encarecer a conta de energia força o consumidor a economizar?
A criação do sistema de Bandeiras Tarifárias e a relação com o valor da conta de energia foi criado no ano de 2015, através do Decreto n° 8.401 e da Resolução Normativa n° 649 da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
O objetivo seria fazer com que o consumidor pudesse adaptar seu consumo e economizar energia na indústria e em casa. Mas será que é o melhor sistema? Especialistas analisam. Veja:
“Aumentar a tarifa um pouco, para tentar reduzir o consumo, é um incentivo à racionalização. Quando esse aumento da tarifa é muito grande, isso já não é mais uma racionalização, é um racionamento via preço”.
Edvaldo Santana, diretor da Aneel entre 2005 e 2013
“Nós já deveríamos ter medidas para estimular a economia de energia, uma medida de racionamento. Isso traria uma tranquilidade maior para esse cenário a longo prazo”.
Patrícia Krause, economista chefe Latin America da Coface
“É necessário um pensamento estratégico que passe por muitos governos para a mudança na matriz energética brasileira. Atualmente, cerca de 65% da matriz energética tem base nas hidrelétricas, e 20% a 25% da energia vêm das termelétricas, mas evoluímos muito pouco em relação às energias eólica e solar”.
Joni Corrêa de Barros, economista da Zahl Investimentos
“A energia elétrica mais cara gera inflação e encarece toda uma cadeia de consumo. E a conta, como sempre, chega para os consumidores, que já estão fragilizados neste momento de crise sanitária com desemprego alto, perda de renda e inflação. Uma alta na conta de energia neste momento só piora essa situação”
Teomar Magri, engenheiro eletricista e membro do Conselho de Consumidores de Energia Elétrica de Mato Grosso

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